quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Turma da Mônica Jovem


Já que falei de quadrinhos, não posso deixar de falar da Turma de Mônica. A história dessa turminha criada por Mauricio de Souza acompanhou, tenho certeza, a infância de todos nós e, provavelmente, de muitos de nossos pais.

O sucesso da Turma da Mônica é inegável. O quadrinho já virou desenho animado diversas vezes. Sua imagem é usada para vender brinquedos, roupas, comida, escovas de dente. Em resumo: a turma da Mônica está em todo lugar.

Agora a equipe do Mauricio de Souza chegou com uma idéia inovadora e ousada de fazer a turma da Mônica Adolescente em formato de Mangá.

Essa mudança de formato foi o suficiente para causar estranhamento. Além disso, os personagens mudaram muito com a puberdade e isso pode causar revolta em muitos dos fãs da turminha.

Agora, Cebolinha tem mais de cinco fios de cabelos (e que fala certo, a não ser quanto está nervoso), Mônica não é mais gordinha nem baixinha (porém ainda dentuça e com o cabelo em formato de cachos de bananas), um Cascão toma banho esporadicamente e uma Magali se preocupa com uma dieta saudável e balanceada.
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Eu li os três exemplares do mangá até agora e, tirando alguns elementos que considerei falhos na narrativa (achei, por exemplo, que algumas partes passaram muito rápidas e receberam pouco foco) eu achei a história até que interessante. O novo traço está legal e a ousadia do pessoal da equipe de Mauricio de Souza, por si só, já basta para dar alguns pontos na minha concepção.
Só tem um pequeno problema.

Não sei quanto a vocês, mas, pra mim, Cascão que é Cascão não toma banho de jeito nenhum. Ele corre das gotinhas de chuva e faz os malabarismos mais absurdos para se desviar de uma poça. Cebolinha tem que falar “elado”, se não, não é o Cebolinha. E, cade o Sansão?

Não consigo deixar de ter aquela sensação de que pegaram os personagens de minha infância e os viraram de cabeça para baixo.
E vocês, o que acharam?

Estou abrindo esse espaço para discussão, deixe seu comentário para que as outras pessoas também possam dar suas opiniões e discutirem a respeito da Turma da Mônica Jovem.

Mouse


"Não há nada que o Mouse não possa roubar."

Quem me conhece sabe que sou Nerd. E, como todo bom Nerd, não podia deixar de gostar de quadrinhos. Eu já li muitos quadrinhos, mas um dos que mais me marcou foi Mouse, um mangá adulto de 14 revistas que foi distribuído no Brasil pela JBC.

A série, roteirizada por Satoru Akahori e desenhada por Hiroshi Itaba, conta a história de Sorata Moun, um professor de artes em uma escola no Japão. Sorata é o vigésimo descendente da família Moun, uma das famílias mais ricas do Japão. Mas Sorata não herdou apenas uma enorme fortuna de sua família. Ele herdou um legado que deve se esforçar para cumprir.

Durante as vinte gerações, os homens da família Moun têm assumido a identidade de um ladrão internacional conhecido pelo codinome de Mouse. O nome é uma lenda e a reputação é absurdamente difícil de manter, pois é conhecido por roubar coisas consideradas impossíveis de serem roubadas.

O Mouse não rouba por dinheiro e sim pelo desafio e pela emoção. Inclusive, uma frase de efeito do mangá é: “Não há nada que o Mouse não possa roubar”. Daí, já dá para ter uma idéia das coisas absurdas que Sorata Muon se dispõe a roubar. Tudo, claro, para manter a reputação que herdou.
Para seus golpes, ele conta com a ajuda de um exercito de servas (também referidas como escravas). Elas lhe ajudam de todas as maneiras possíveis, até de maneiras mais intimas (o que dá a serie o seu elemento erótico). Existem, porém, três escravas que estão sempre juntas do “mestre” (que é como elas chamam o Mouse). São essas Mei, Yayoi e Hazuki.

Um enorme leque de outros personagens tempera a história e a torna ainda mais interessante. Dês de uma aluna apaixonada por Sorata até um oficial de policia obstinado a capturar o lendário Mouse. Essas e outras personagens adicionam novas sub-tramas e abrem espaço para muitas reviravoltas.

Uma característica do Mouse, é que ele sempre deixa um bilhete avisando o próximo item que será roubado e a hora em que o furto acontecera. Dessa forma, as autoridades têm tempo de se preparar para capturar o gatuno lendário e, conseqüentemente, o jogo se torna mais interessante.

Uma pena a história de Mouse ter-se acabado depois de apenas 14 exemplares. A história é muito emocionante e cada revista lhe deixara ansioso pela próxima, para saber o que o Mouse roubará a seguir.

A história também foi transformada em Anime. O anime é mais leve que o mangá, pois não mostra nenhuma cena de nudez. Ele é também muito engraçado e faz um bom trabalho em capturar todo o clima criado pelo mangá. Porém, a história do desenho animado sofre algumas alterações e, no final das contas, continuo preferindo as histórias no papel.

Beijos e Tiros

Sinopse: Harry Lockhart (Robert Downey Jr.) é um ladrão que, devido a um mal-entendido, é levado a Hollywood a fim de fazer teste para um papel no cinema. Ele acaba no meio de uma investigação de assassinato. Acompanham Harry nessa aventura Harmony (Michelle Monaghan), a garota de seus sonhos, e Gay Perry (Val Kilmer), detetive que vem treinando Harry para o papel que terá de desempenhar no filme.*

*fonte: site do Yahoo Cinemas.

Sabe aqueles filmes que você assiste cinco, seis vezes, mas ainda volta para uma nova dose? Beijos e Tiros é um desses filmes para mim. O filme é quase impossível de encaixar em um gênero cinematográfico. Pela sinopse, pode-se imaginar que Beijos e Tiros seja um filme policial.

Mas o filme é muito mais do que isso. A forma como Shane Black (roteirista de Maquina Mortífera) o direto do filme, pega os elementos clássicos do gênero e os viram de cabeça para baixo, criam uma formula nova, divertida de inteligente.

O elenco é fabuloso. Robert Downey Jr. (Zodíaco e Homem de Ferro) faz Harry Lockhart, um ladrão de segunda categoria que vira ator e depois vira detetive. Ele é um mentiroso compulsivo, cleptomaníaco que tem um sério problema em terminar as coisas que começa. Val Kilmer (preciso mesmo dizer?) interpreta Gay Perry, um detetive particular homossexual que é contratado para orientar Harry em como ser um detetive diante das câmeras. Michelle Monaghan (O Melhor Amigo de Noiva e Missão Impossível 3) é Harmony Faith Lane, uma amiga de infância por quem Harry é loucamente apaixonado.

Os diálogos são inteligentíssimos e muito bem humorados. O sarcasmo é palpável e muitas cenas memoráveis vão fazer o espectador se lembrar e rir muito depois do filme ter acabado. Se continuar escrevendo, vou acabar entregando as surpresas que o filme lhes reserva.

Beijos e Tiros foi, para mim, uma experiência única. É um daqueles casos raros de filmes que conseguem juntar um roteiro inteligente com humor afiado e uma história penetrante. Vale muito a pena assistir. Está, com certeza, na minha lista de filmes favoritos.