quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Belmiro e o Mundo - Top 5 Jogos que deviam ter dado errado, mas deram muito certo

Para minha segunda coluna no blog de Belmiro, vou começar colocando o meu primeiro “TOP alguma coisa”. Segue, então, um Top 5 com os jogos que tinham tudo para dar errado, mas que deram muito certo.

The Sims: Esse jogo foi criado por Will Wright e distribuído pela Máxis no ano 2000 e está indo para sua terceira edição ainda este mês. No jogo, você controla uma pessoa comum (um sim) enquanto ele realiza as ações de seu dia-a-dia.

Por que devia ter dado errado: Pois é, esse jogo tinha tudo para dar errado. Poxa, as pessoas jogam vídeo-game para fugir da realidade e viver uma grande aventura. Quem iria pensar que um jogo que simula a nossa realidade poderia fazer tanto sucesso? Quem quer jogar um jogo onde você tem que mandar o personagem ir ao banheiro, tomar banho, comer e trabalhar? Pô, eu tenho minha vida para isso. Eu é que nunca teria acreditado. Mas o jogo deu muito certo e hoje é um dos maiores fenômenos de vendas nos mundos dos games.


Por que deu certo: Além de contemplar o lado narcísico de todo ser humano (Você pode criar um sim igual a você e vê-lo crescer na vida. Isso trás ao jogador grande satisfação pessoal.) the Sims adiciona elementos fantasiosos no dia-a-dia dos bonequinhos do jogo. Você pode, por exemplo, fazer bruxaria ou se tornar um vampiro.



Mario Party: Os jogos de “Party” têm se tornado cada vez mais populares nos últimos anos. E, de fato, qualquer outro jogo nesse estilo poderia estar aqui. Mas Mario Party (como muitos nos outros jogos do Mario) foi o percussor desse estilo. Então resolvi dar as honras a ele. Jogos estilo party são jogos em que você a mais alguns amigos podem participar de diversos mini-games curtos e repetitivos. Em Mário Party, vocês saem andando em um tabuleiro e têm, como principal objetivo, saírem coletando estralas para ganhar o jogo.

Por que devia ter dado errado: O próprio conceito de Mario Party é chato e entediante. Você sai andando pelo mesmo tabuleiro por inúmeras rodadas, jogando minigames repetitivos e cansativos que se repetem a cada 4 ou 5 rodadas. Existem minigames onde você só precisa apertar o mesmo botão o mais rápido possível. Isso não exige nenhum habilidade do jogador e dá uma canseira danada. Além disso, Mario Party não tem história e isso deveria bastar para espantar qualquer jogador de respeito.

Por que deu certo: Em primeiro lugar, tudo com Mario dá certo. É uma coisa impressionante. Basta colocar o nome do encanador bigodudo no nome para que o jogo venda quantidades absurdas.

Mas Mario Party não deve toda sua popularidade para o protagonista bigodudo. O jogo tem muitas qualidades que lhe tornam uma boa pedida. Os minigames curtos, por exemplo, dão certa rotatividade ao jogo e muito mais do que quatro pessoas podem jogá-lo sem ter que ficar esperando muito tempo. Além disso, o jogo apela para a competitividade das pessoas, coisa que todo mundo tem (e jogadores de vídeo-game têm muito mais). Também existem muitas possibilidades de tornar o jogo ainda mais divertido: imagine como seria legal de, toda vez que alguém perdesse um minigame, tivesse que tomar um copo de chopp?



Trauma Center: Esse jogo, eu acho, surgiu originalmente no Nintendo DS e depois foi para o Wii. Nele, você controla um médico e tem que operar seus pacientes. Já existem muitas versões do jogo, entre elas o Under the Knife, Second Opinion e o New Blood.

Por que devia ter dado errado: Um jogo de operação? Você controla um médico e tem que ficar fazendo cirurgias? Nossa, que entediante.... Ou pelo menos essa é a impressão lógica que se deveria ter desse jogo. Ora, se eu quisesse operar, eu teria feito vestibular para medicina.

Por que deu certo: Existe algo extremamente instigante em fazer uma operação. Você está salvando uma vida e, ainda por cima, exercendo um das profissões mais difíceis do mundo. Além disso, os controles são bem simples e instintivos e você sente como se, realmente, estivesse operando.




Kingdom Hearts: Corro o risco de ofender muitas pessoas colocando esse jogo na lista, mas espero que ninguém leve pro lado pessoal. Bem, Kingdom Hearts é um jogo de RPG criado pela Square Enix com a Disney. Nele, você encontra uma mistura entre os universos dos desenhos Disney e da série Final Fantasy.

Por que devia ter dado errado: Bem, ver o Mickey e Donald andando lado a lado com Cloud ou Tydus ou Auron é realmente algo duro de engolir. E jogo tem cara de ser uma viagem só. Quem nunca jogou, deve achar que a história seria muito forçada, pois não há muito como justificar um cross-over tão absurdo. Além disso, você colocar personagens da Disney com Final Fantasy, você estaria fazendo um Final Fanstasy mais burro e infantil do que os jogos da Square Enix.

Por que deu certo: Por que eles fizeram tudo muito bem feito (não podíamos esperar menos da Square Enix e Disney). Além disso, tanto os personagens da Disney quando os da Final Fantasy tem enormes hordas de fás, que abraçaram o jogo. A mistura tornou o jogo mais fácil, leve e alegre, o que também serviu para atraírem novos fãs para a série.



Harvest Moon: Nesse jogo você controla um fazendeiro. Você planta a colheita, alimenta as vacas, cria galinhas. Enfim, faz de tudo para que sua fazendo seja próspera. O jogo foi originalmente lançado para o Super Nintendo em 1996, mas já teve várias versões até os dias de hoje.

Por que devia ter dado errado: Jogo de fazendinha? Sério? Eu não consigo pensar em ninguém menos rural do que um típico jogador de vídeo-game. Gamers gostam de morar na cidade, de ter a tecnologia a seu dispor e de poder pedir pizza todos domingos de tarde. Por que iríamos querer tomar conta de uma fazenda?

Por que deu certo: Pra começo de história, os gráficos são bonitinhos e isso já atrai um bom público. A história é até boa, pois têm todo um objetivo de tem algumas competições de fazendas e tal. Além do mais, o jogo adiciona elementos de fantasia para tornar a jogabilidade mais interessante e atraente. Em uma das versões, por exemplo, você precisa encontrar as notas musicais mágicas (ou algo assim).

De Olho na Web: One Manga

Eu já cansei de ouvir pessoas dizendo que amam ler mangá, mas que esse é um habito caro, que poucas pessoas podem bancar. De fato, cada exemplar de um mangá custa, no mínimo, uns cinco ou seis reais e, levando em conta que existe inúmeros mangás de qualidade, quem é que tem dinheiro para gastar vinte ou trinta conto em quadrinhos todo mês?

E se eu dissesse que existe uma forma de você alimentar esse seu vício sem gastar um tostão? É para isso que estou escrevendo esse post! Recentemente, fui indicado por um amigo meu ao site One Manga. Nesse site, você encontra muitos mangás para ler, tudo de graça! O único problema é que eles estão em inglês, mas eu tenho certeza que você, pelo menos, arranha na língua e vai conseguir ler.

Bem, vai ai a recomendação. Espero que gostem e aproveitem muito. Esse é o endereço: www.onemanga.com

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Fotos - Papai Noel

Esse post vai ser diferente dos que eu fiz até agora.
Meu objetivo é dividir com vocês uma experiencia muito legal que aconteceu comigo. No final do ano passado, me vesti de Papai Noel e fiz uma surpresa para o pessoal do meu trabalho. O pessoal se amarrou e foi bem legal.
Além disso, tenho enviado as fotos para meus amigos, que têm se estourado de rir. Então, como toda boa "piada" merece ser ouvida por todos, estou postando aqui as minhas fotos vestido de Papai Noel:









quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Belmiro e o Mundo - Adventure Games

Pessoal, tenho uma novidade bem agradável. Um colega meu montou um blog chamado Belmiro e o Mundo que eu devo adicionar nos links daqui a pouco. Ele me chamou para escrever em uma coluna semanal no blog dele.

Eu estarei publicando minhas colunas aqui também. Porém, vale a pena conferir o blog de Belmiro, pelas outras colunas e pelas sugestões que ele faz.

Abaixo, segue a minha primeira coluna:

Quando Belmiro me chamou para participar no seu blog com uma coluna de games eu pensei: “Poxa! Legal! Coluna de games pra mim vai ser fácil (uma vez que sou viciado em jogos de qualquer tipo)!

Tudo bem então, chegou a hora de escrever a primeira coluna. E ai? Sobre o que eu vou escrever? Bem, pelo visto não é tão fácil assim!

Então, vou falar sobre meu estilo de jogo favorito: O Adventure. Isso pode ser um choque para boa parte das pessoas que me conhecem, pois eu sempre passei a impressão de preferir jogos de RPG, mas não é o caso.

Adventure é um dos mais antigos estilos de jogos eletrônicos para computador. Originalmente, você controlava um personagem de gráficos horríveis e tinha de sair digitando, procurando a palavra especifica que ativasse a ação X ou Y. O jogo não requeria nenhum tipo de agilidade manual. Era, em vez disso, uma série de quebras cabeças nos quais o personagem tinha que coletar itens ou falar com pessoas para chegar ao seu objetivo.

Mais tarde, esses jogos evoluíram e se tornaram uma espécie de Point and Click onde todas as ações eram realizadas com um click do mouse. O jogador pegava itens clicando neles e escolhia as falas de diálogo da mesma forma.

Esses jogos são excelentes. Primeiro, pois o jogador não precisa ter nenhuma agilidade manual, o que quer dizer que até as pessoas inexperientes podem jogá-los. Em segundo lugar, aponto que a série de quebra cabeças ajuda o desenvolvimento do raciocínio dos jogadores.

Infelizmente, esse é um estilo de jogo próximo de extinção. Apesar de algumas (nobres) tentativas de reviver o estilo, os jogos desse gênero são cada vez menos. Independente disso, alguns jogos novos são desse estilos e muitos dos antigos merecem ser destacados.

Sierra: A Sierra não é bem um jogo de adventure, mas uma companhia de jogos que se destacou muito durante sua existência (79-99). A sierra é responsável pelos jogos da série King’s Quest e Leisure Suit Larry. Ambas as séries começaram como adventure de texto e evoluíram até o point ‘n click.

A série Leisure Suit Larry, onde você controla um perdedor que só quer saber em se dar bem com as mulheres, teve até uma versão recente, lançada pela High Voltage Soft, uma empresa que eu nunca tinha ouvido falar (não que eu seja muito ligado nessas empresas). O novo jogo, porém, falha em resgatar a natureza dos jogos antigos. Em vez de uma série de quebra-cabeças inteligentes, o novo Larry conta com uma série de mini-games sem sentidos e que desafiam pouco a sua inteligência.

Os jogos originais, porém, apesar de terem um gráfico fraco (eram muito bem feitos para a época, porém) valem muito a pena.

LucasArts: A empresa de games de George Lucas é, pessoalmente, minha favorita. Os melhores e mais engraçados jogos de Adventure vieram dessa empresa. Grim Fandango, Full Throttle e a série da Ilha dos Macacos são apenas alguns exemplos.

A série Ilha dos Macacos é minha favorita. Nela você controla Guybrush Threepwood, um aspirante à pirata com um nome horrível e um péssimo habito para se meter em encrenca. Diálogos inteligentes e piadas afiadas mantêm você jogando até o fim.

Jogos mais antigos, como The Dig, Maniac Mansion e The Day of the Tentacle também são dessa empresa e são fabulosos.

Nintendo Wii: Ok! Pode parecer babação minha, pois eu comprei um Nintendo Wii e recentemente está havendo uma polêmica discussão sobre qual é o melhor console da nova geração (discussão que eu faço questão de ficar fora).

Mas preciso dar mérito onde o mérito é merecido. O Nintendo Wii fez maravilhas para os jogos de adventure. O gênero está e extinção e provavelmente deixará de existir nos próximos anos. Porém, o fato de você poder apontar com o controle para a tela da televisão trouxe o estilo Point’n Click de volta para a mesa.

Um bom exemplo é And Then There Were None, um game baseado em um livro de Agatha Christie com o mesmo nome. O jogo não é tão popular, mas é um belo exemplo de como um aventure sério pode ser criado.

Outro exemplo, esse mais conhecido e popular é Zack e Wiki. Nele você controla um jovem pirata em sua busca pelo lendário tesouro de Barbados. Com a ajuda de seu amigo Wiki (um macaco dourado voador com poderes extremamente convenientes) você passa por diversas fases, resolvendo quebra-cabeças muitas vezes complicados. Com seus gráficos amigáveis e aparência de jogo infantil, Zack e Wiki esconde uma série de quebra-cabeças difíceis que podem manter até os jogadores mais experientes pensando por horas.

Chzo Mythos: Esse é um nome dado a uma série de jogos criada pelo amador Bem “Yahtzee” Croshaw. Ele usou a ferramente Adventure Game Studio (sobre a qual só estou sabendo agora e vou procurar adquirir) e criou quatro fabulosos jogos que adventure. São estes 5 Days e Stranger, 7 Days e Skeptic, Trilby’s Notes e 6 Days a Sacrifice.

São jogos inteligentes com gráficos no estilo dos jogos antigos da Sierra. Eles estão disponíveis para download gratuito. Segue o link para o site do primeiro jogo: