quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Em Nome do Rei


Eu já assisti muito filme ruim na minha vida. De fato, eu gosto de ver filmes ruins e algumas vezes saiu para alugar o que parecer como o “filme mais trash” da locadora. Existem filmes que eu alugo pelo simples fato de que ele parece ser muito ruim.

Não sei por que eu faço isso. Talvez eu seja meio masoquista, ou talvez o pensamento de que “se o cara que fez esse filme é diretor, eu também posso ser” seja bastante satisfatório. O ponto é que eu estou sempre na eterna busca pelo pior filme do mundo.

E até agora, devo dizer que o título ficou com Em Nome do Rei (In the Name of the King, a Dungeon Siege Tale), do infame Uwe Boll. O diretor é conhecido por pegar jogos de vídeo-game e adaptá-los para o cinema de forma miserável. Eu não tenho nada contra ele, até gostei de Blood Rayne (podem jogar ovos em mim agora). Mas esse filme foi, simplesmente, terrivel.

Pra quem não conhece, Dungeon Siege é um jogo de RPG para PC que foi lançado em 2002, pela Microsoft. No jogo, você controla o fazendeiro que (depois de ter sua terra atacada por monstros chamados Krugs) sai por ai matando essa criatura e se tornando um experiente guerreiro, arqueiro e/ou mago.

No filme, você acompanha a vida de Farmer (sim, esse é o nome dele) um fazendeiro que tem sua fazenda atacada por Krugs e sai por ai matando-os, a fim de proteger sua amada esposa.

Farmer (interpretado por Jason Staham), acredita que você é definido por o que você faz e, por isso, escolheu esse nome. Como ele é órfão, ninguém sabe o verdadeiro nome dele.

Até ai tudo bem. Você até engole essa história do nome. O problema é quando os Krugs aparecem. Os monstros são pessoas usando roupas, parecendo ter saído de um dos filmes das tartarugas ninjas. Além disso, Farmer mata-os com um bumerangue, acertando-os na barriga. (Tudo bem que bumerangues são estilosos, mas duvido que sejam tão fatais assim.)

Depois de ter sua fazenda destruída, Farmer se junta ao vizinho Norrick (Ron Perlman, o Hellboy) e sai em busca de sua esposa e filho, que estavam viajando na hora do ataque.

Ele sai por ai matando Krugs adoidado e descobre que essas criaturas estão sendo controladas por um poderoso mago chamado Galliam (Ray Liotta). Em algum ponto do filme, ele se encontra com o rei Konreid (Burt Reynolds) que lhe pede ajuda para impedir essa ameaça. Logo depois, o rei morre e Farmer (que descobre ser o filme perdido do rei) assume a liderança do exercito que parte para enfrentar os Krugs.

A história é ridículo, a ação também e muitas das idéias não fazem muito sentido. O elenco é até decente e foi uma surpresa ao ver que o resultado ficou ta absurdamente ruim. A única coisa boa do filme é, na verdade, a bela Leelee Sobieski, que interpreta Muriella, filha do conselheiro do rei. Não que ela tenha atuado tão bem assim (todo mundo atuou abaixo da média nesse filme) mas por que a presença dela no filme é uma espécie de colírio para os olhos do infeliz que alugou o filme.

Estou falando sério, não assistam esse filme.

Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes


Desde pequeno, Eddie descobriu que era muito bom no poker. Não ser muito bom com matemáticas, nem muito bom com cartas. Ele era, simplesmente, muito bom com pessoas e em ler suas reações.

Sonhando com fortuna, o grupo de quatro amigos juntam uma pequena fortuna para apostar em uma mesa de poker contra um gangster (e rei do comercio pornográfico) Harry Lonsdale, conhecido como Harry “do Machado” (interpretado por P.H. Moriarty).

Os quatro amigos são o Bacon (Jason Statham, de Adrenalina e Carga Explosiva), Soap (Dexter Fletcher), Tom (Jason Flemyng, que fez “Primus” no filme Stardust) e o próprio Eddie (Nick Moran). Eles juntam 100 mil euros (25 mil por parte de cada) e apostam tudo nessa mesa de poker.

O que eles não contavam era que Eddie não só perdesse todo o dinheiro, mas saísse de lá com uma dívida de meio milhão de euros. Se não pagassem em uma semana, Barry the Baptist (o braço direito de Harry “do machado”) ia cortar um dedo de cada um deles por cada dia de atraso. Quando acabassem os dedos, Barry iria abordar o pai de Eddie (Sting), a fim de tomar-lhe o bar do qual é dono.

Para garantir que tudo sairá como os conformes, Harry envia “Big” Chris (Vinnie Jones, de Eurotrip e Snatch), um intimidador capanga, para cobrar a dívida.

Para sair dessa enrascada, o inusitado quarteto passa por poucas e boas, em uma tentativa desesperada de conseguir muito dinheiro em apenas uma semana.

Esse é o enredo de Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes (Lock, Stock and Two Smoking Barrels, 1998) do diretor Guy Ritchie (Snatch – Porcos e Diamantes). Eu “descobri” esse filme há dois anos atrás e, apesar de antigo, o longa tem um charme difícil de encontrar nos dias de hoje. Recomendo.

O filme tem muito do ritmo acelerado e do humor negro de Snatch, Porcos e Diamantes (2000) também dirigido por Guy Ritchie e que contou com a presença de alguns dos atores encontrados nesse primeiro filme.

Por falar em Snatch, também é um filme muito bom. Também o recomendo e algum dia ainda falarei dele nesse blog.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Os TOP 12 Personagens de jogos de RPG


Existem milhares de jogos de RPG. Cada um com uma história diferente e com 40, 70 ou até 90 horas de jogo do começo ao fim. É, verdadeiramente, impossível jogar todos eles.

E, apesar de serem todos diferentes, muitos elementos encontrados em um RPG são iguais em algum outro. Isso é especialmente quando o assunto são os personagens. Apesar de diferentes, os conceitos permanecem os mesmos.

Segue abaixo uma lista dos personagens mais comuns encontrados em jogos de RPG:

1 – A Jovem Promessa: Você é uma criança (por que personagens de RPG geralmente têm entre 10 a 15 anos) jovem e inexperiente, mas todos botam fé em você. Isso se deve ao fato de você ser filho/filha de algum guerreiro ou mago ou aventureiro lendário que salvou o mundo há muitos anos atrás

Geralmente, você vive nas sombras do talento de seu pai e se vê forçado a seguir a mesma carreira (para superar o sucesso de seu pai, aparentemente). Além disso, você é jogado em uma aventura para salvar o mundo e lutar conta a MESMA ameaça que seu pai já enfrentou.

Exemplos: Tidus (Final Fantasy X) e o Personagem Principal de Dragon Quest Swords


2- Bom Samaritano: Você é uma pessoa boa e entrou nessa para fazer o bem e ajudar as pessoas. Você se coloca na linha de fogo diversas vezes, só para proteger as outras pessoas (mesmo quando essas pessoas não te entendem e acabam te prendendo, atacando ou fazendo qualquer outra coisa que atrapalhe sua jornada).

Seu único objetivo é salvar o mundo ou fazer dele um lugar melhor para as pessoas viverem em paz e harmonia. No geral, isso envolve salvar alguma(s) donzela(s) indefesa(s) várias e várias vezes durante sua aventura.

Exemplos: Lloyd Irving (Tales of Symphonia) e Crono (Chrono Trigger)


3- O Forasteiro: Puxado (de uma forma ou de outra) para um mundo exótico e desconhecido, você é obrigado a se aventurar por ele. Às vezes você faz isso para achar uma forma de voltar para casa, salvar alguém que ama, resolver um mistério ou salvar o mundo.

De uma forma ou de outra, cabe a você explorar esse mundo e enfrentar as criaturas hostis que se encontram por lá.

Exemplos: Sora (Kingdom Hearts) e Yosuke (Persona 4).


4- O Anti Herói: Um rebelde de coração mole (mas que tem um problema em admiti-lo), você tem fama de ser malvado e se esforça para manter essa fachada, mas quando alguém está em risco, você é o primeiro a correr pro perigo para salvá-lo (resmungando ao fazê-lo).

Você não fala muito, é antipático e quebra o estereótipo do herói bonzinho que quer salvar o mundo. Você só quer ser deixado em paz, mas também procura fazer a coisa certa.

Exemplos: Yuri (da séria Shadow Hearts) e Wolverine.


5- O Meio-Animal: Seja por uma maldição, uma magia que deu errado ou por que essa é, simplesmente, a sua aparência, você é uma mistura de homem com algum tipo de animal.

Você enfrenta preconceito em uma base diária. Se você sofreu uma maldição, as pessoas te estranham e atravessam a rua para evitar cruzar com você. Caso essa seja sua aparência normal, sua raça não será bem aceita entre os humanos, o que dá no mesmo. Além disso, suas chances de ser um personagem principal é quase nula.

Exemplos: Frog (Chrono Trigger), Teddie (Persona 4) e Kimahri (Final Fantasy X)


6- O Animal: Você é um animal. Talvez um cachorro, um lobo ou um gato. Você não fala, mas isso não importa para o seu dono que sempre entende tudo o que você quer dizer. Seus ataques se limitam a garradas ou mordidas (que, por sinal, são tão fortes quanto qualquer espada, arco ou espingarda).

Exemplos: Blanca (Shadow Hearts 2), Koromaru (Persona 3) e Volthe (Tales of Symphonia)


7- Summoner: Você tem o incrível poder de invocar criaturas para lutar por você, te proteger ou soltar magias que lhe auxiliem no combate. Muitas vezes você pode até participar do combate, mas deixa o trabalho sujo para as pobres criaturinhas que você invoca.

Sua escolha de armas pode ser variada, mas você é obrigado à andar com bolas, frascos, cartas ou qualquer outros itens onde você “guarda” as criaturas, só as libertando quando precisa deles em combate.

Exemplo: Ash (Pokémon), qualquer outro personagem principal de Pokémon, Yuna (Final Fantasy X) e The Bard (The Bard’s Tale)


8- O Órfão: Você não tem pai nem mãe. Eles morreram quando você era muito pequeno e você acabou sob os cuidados de algum tio, amigo da família. Isso quando não acabou tendo que se virar sozinho.

Opcionalmente, seus pais podem não ter morrido, mas terem te abandonado para embarcar em uma grande jornada que decidiria o destino do mundo. (E provavelmente morreram nessa jornada, o que teria dado no mesmo).

Exemplos: Tidus (Final Fantasy X) e Lloyd Irving (Tales of Symphonia)


9- O Fodão: Como o nome já diz, você é o fodão. É um aventureiro conhecido, um mercenário contratado ou um mago poderoso. Você está muitos anos e níveis a frente de seus outros companheiros de grupo e é, aparentemente, indestrutível.

Sua tarefa é proteger e guiar o personagem principal, ajudando-o à superar qualquer dificuldades que ele possa encontrar no meio do caminho. A exceção é quando você é o personagem principal. Nessa caso você não tem que proteger, guiar ou dar satisfação a ninguém!

Exemplos: Auron (Final Fantasy X) e Kratos (Tales of Symphonia)


10- O Interesse Romântico: O nome também já diz. Você é o interesse romântico do personagem principal. Você tem que ser bonita e frágil. Soltar magia é opcional. Você não precisa saber fazer nada em combate, pois todos sabemos que você está lá só para o personagem principal ter com quem se agarrar no final do jogo.

Exemplos: Yuna (Final Fantasy X), Alice (Shadow Hearts), Kairi (Kingdom Hearts) e Colette (Tales of Symphonia)


11- O Amigo de Infância: Você conhece o personagem principal desde pequenininho. Vocês são melhores amigos e fariam tudo um pelo outro. Existe um laço de confiança e amizade entre os dois que jamais será quebrado (por mais que os demônios infernais tentem fazê-lo).

Exemplos: Riku (Kingdom Hearts) e Genis (Tales of Symphonia)


12- O Mercenário: Você trabalha por dinheiro. Não se importa muito com o certo ou o errado e procura estar do lado daqueles que lhe oferecerem mais dinheiro. Deixe que os heróis salvem o mundo e, se eles te pagarem bem, você pode até ajudar. Você é decidido e frio. Treina muitas horas por dia e não se apega a ninguém. Afinal, você é apenas um cara sendo pago para fazer um trabalho.

Exemplos: Kratos (Tales of Symphonia) e Ike (Fire Emblem: Radiant Dawn)

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Outback Steakhouse

Quem nunca sonhou em passar uns dias no Rio de Janeiro, a cidade maravilhosa? Eu sou um felizardo, pois vou todo final de ano para lá, passar uns dias com meu pai e a “outra metade” da minha família. Na verdade sou carioca, mas me mudei de lá quando era bem pequeno.

Mas, como todo bom carioca, não posso deixar de fazer um pouco de propaganda da minha cidade. Tenho certeza que todo mundo já deve ter ouvido falar bem do Corcovado, do Pão de Açúcar ou da Lagoa, então resolvi variar um pouco e recomendar um lugar menos comentado.

Um lugar que visito toda vez que vou ao Rio é o Outback. Não sei se ele existe em outros estados do Brasil (deve ter filiais em São Paulo, sei lá) mas no Recife eu sei que ele não existe.

O Outback é um restaurante Australiano que vende hambúrgueres, costelas, saladas e (mais importante) aqueles onion rings deliciosos sem igual. A comida é gostosa e levemente picante (mas o refrigerante é refill, então não há muito problema). Os preços são um pouco caro, mas são generosos na comida e é possível duas ou mais pessoas dividirem o mesmo prato.

Só existe um problema: a fila de espera. Em uma sexta feira a noite, a espera pode chegar a até duas horas. Então, é legal chegar cedo (ou mandar alguém antes pra ficar esperando), mas a espera vale a pena, pois o ambiente é super-confortável, o serviço é de primeira e a comida, como já disse, é deliciosa.

As Boas Mulheres da China

Espero que todos vocês tenham tido um Bom Natal e um Ano Novo bem legal. Eu, pessoalmente, estava de férias da Faculdade (logicamente), do estágio e resolvi folgar um pouco do BLOG também. Espero que me perdoem pela falta de atualizações, mas estou aqui para avisar que voltei a atualizar com tudo.

Vou começar o ano recomendando um livro: “As Boas Mulheres da China”. Esse livro foi escrito por Xinran - uma repórter Chinesa – e conta histórias e dramas de diversas Chinesas que sofreram com o regime comunista.

Xinran era uma locutora muito popular em um programa de Rádio chamado “Palavras na Brisa Noturna”. Seu programa se tornou tão popular (e sua relação com as ouvintes era de tamanha cumplicidade) que ela começou a receber cartas com relatos de diversas histórias que aconteciam com diferentes mulheres.

O que todas essas histórias tinham em comum? O drama e o sofrimento das mulheres que as presenciaram. São historias de mulheres espancadas por maridos, ou pais que abusam da filha. Em certo ponto do livro, fala de uma menina hospitalizada cuja única companhia era uma mosca, que acabou sendo seu melhor amigo.

O mais impressionante, é que Xinran consegue evitar que sua obra se torne mais um daqueles trabalhos de jornalismo sensacionalista que explora o sofrimento alheio sem trégua ou sensibilidade. A autora realmente se importa com as mulheres as histórias contadas. Ela se sensibiliza e se envolve, muitas vezes se retratando na história.

“As Boas Mulheres da China” é um livro forte, cheio de peso emocional. É uma leitura marcante, que vai lhe tocar de diversas maneiras. O livro é muito bom por causa de sua sensibilidade e força.