quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Belmiro e o Mundo - Adventure Games

Pessoal, tenho uma novidade bem agradável. Um colega meu montou um blog chamado Belmiro e o Mundo que eu devo adicionar nos links daqui a pouco. Ele me chamou para escrever em uma coluna semanal no blog dele.

Eu estarei publicando minhas colunas aqui também. Porém, vale a pena conferir o blog de Belmiro, pelas outras colunas e pelas sugestões que ele faz.

Abaixo, segue a minha primeira coluna:

Quando Belmiro me chamou para participar no seu blog com uma coluna de games eu pensei: “Poxa! Legal! Coluna de games pra mim vai ser fácil (uma vez que sou viciado em jogos de qualquer tipo)!

Tudo bem então, chegou a hora de escrever a primeira coluna. E ai? Sobre o que eu vou escrever? Bem, pelo visto não é tão fácil assim!

Então, vou falar sobre meu estilo de jogo favorito: O Adventure. Isso pode ser um choque para boa parte das pessoas que me conhecem, pois eu sempre passei a impressão de preferir jogos de RPG, mas não é o caso.

Adventure é um dos mais antigos estilos de jogos eletrônicos para computador. Originalmente, você controlava um personagem de gráficos horríveis e tinha de sair digitando, procurando a palavra especifica que ativasse a ação X ou Y. O jogo não requeria nenhum tipo de agilidade manual. Era, em vez disso, uma série de quebras cabeças nos quais o personagem tinha que coletar itens ou falar com pessoas para chegar ao seu objetivo.

Mais tarde, esses jogos evoluíram e se tornaram uma espécie de Point and Click onde todas as ações eram realizadas com um click do mouse. O jogador pegava itens clicando neles e escolhia as falas de diálogo da mesma forma.

Esses jogos são excelentes. Primeiro, pois o jogador não precisa ter nenhuma agilidade manual, o que quer dizer que até as pessoas inexperientes podem jogá-los. Em segundo lugar, aponto que a série de quebra cabeças ajuda o desenvolvimento do raciocínio dos jogadores.

Infelizmente, esse é um estilo de jogo próximo de extinção. Apesar de algumas (nobres) tentativas de reviver o estilo, os jogos desse gênero são cada vez menos. Independente disso, alguns jogos novos são desse estilos e muitos dos antigos merecem ser destacados.

Sierra: A Sierra não é bem um jogo de adventure, mas uma companhia de jogos que se destacou muito durante sua existência (79-99). A sierra é responsável pelos jogos da série King’s Quest e Leisure Suit Larry. Ambas as séries começaram como adventure de texto e evoluíram até o point ‘n click.

A série Leisure Suit Larry, onde você controla um perdedor que só quer saber em se dar bem com as mulheres, teve até uma versão recente, lançada pela High Voltage Soft, uma empresa que eu nunca tinha ouvido falar (não que eu seja muito ligado nessas empresas). O novo jogo, porém, falha em resgatar a natureza dos jogos antigos. Em vez de uma série de quebra-cabeças inteligentes, o novo Larry conta com uma série de mini-games sem sentidos e que desafiam pouco a sua inteligência.

Os jogos originais, porém, apesar de terem um gráfico fraco (eram muito bem feitos para a época, porém) valem muito a pena.

LucasArts: A empresa de games de George Lucas é, pessoalmente, minha favorita. Os melhores e mais engraçados jogos de Adventure vieram dessa empresa. Grim Fandango, Full Throttle e a série da Ilha dos Macacos são apenas alguns exemplos.

A série Ilha dos Macacos é minha favorita. Nela você controla Guybrush Threepwood, um aspirante à pirata com um nome horrível e um péssimo habito para se meter em encrenca. Diálogos inteligentes e piadas afiadas mantêm você jogando até o fim.

Jogos mais antigos, como The Dig, Maniac Mansion e The Day of the Tentacle também são dessa empresa e são fabulosos.

Nintendo Wii: Ok! Pode parecer babação minha, pois eu comprei um Nintendo Wii e recentemente está havendo uma polêmica discussão sobre qual é o melhor console da nova geração (discussão que eu faço questão de ficar fora).

Mas preciso dar mérito onde o mérito é merecido. O Nintendo Wii fez maravilhas para os jogos de adventure. O gênero está e extinção e provavelmente deixará de existir nos próximos anos. Porém, o fato de você poder apontar com o controle para a tela da televisão trouxe o estilo Point’n Click de volta para a mesa.

Um bom exemplo é And Then There Were None, um game baseado em um livro de Agatha Christie com o mesmo nome. O jogo não é tão popular, mas é um belo exemplo de como um aventure sério pode ser criado.

Outro exemplo, esse mais conhecido e popular é Zack e Wiki. Nele você controla um jovem pirata em sua busca pelo lendário tesouro de Barbados. Com a ajuda de seu amigo Wiki (um macaco dourado voador com poderes extremamente convenientes) você passa por diversas fases, resolvendo quebra-cabeças muitas vezes complicados. Com seus gráficos amigáveis e aparência de jogo infantil, Zack e Wiki esconde uma série de quebra-cabeças difíceis que podem manter até os jogadores mais experientes pensando por horas.

Chzo Mythos: Esse é um nome dado a uma série de jogos criada pelo amador Bem “Yahtzee” Croshaw. Ele usou a ferramente Adventure Game Studio (sobre a qual só estou sabendo agora e vou procurar adquirir) e criou quatro fabulosos jogos que adventure. São estes 5 Days e Stranger, 7 Days e Skeptic, Trilby’s Notes e 6 Days a Sacrifice.

São jogos inteligentes com gráficos no estilo dos jogos antigos da Sierra. Eles estão disponíveis para download gratuito. Segue o link para o site do primeiro jogo:

Um comentário:

Lucas Maraal disse...

Nossa, nunca ia saber que seu estilo preferido era o Adventure :P e me lembro de jogar King Quest IV :P