

Xinran era uma locutora muito popular em um programa de Rádio chamado “Palavras na Brisa Noturna”. Seu programa se tornou tão popular (e sua relação com as ouvintes era de tamanha cumplicidade) que ela começou a receber cartas com relatos de diversas histórias que aconteciam com diferentes mulheres.
O que todas essas histórias tinham em comum? O drama e o sofrimento das mulheres que as presenciaram. São historias de mulheres espancadas por maridos, ou pais que abusam da filha. Em certo ponto do livro, fala de uma menina hospitalizada cuja única companhia era uma mosca, que acabou sendo seu melhor amigo.
O mais impressionante, é que Xinran consegue evitar que sua obra se torne mais um daqueles trabalhos de jornalismo sensacionalista que explora o sofrimento alheio sem trégua ou sensibilidade. A autora realmente se importa com as mulheres as histórias contadas. Ela se sensibiliza e se envolve, muitas vezes se retratando na história.
“As Boas Mulheres da China” é um livro forte, cheio de peso emocional. É uma leitura marcante, que vai lhe tocar de diversas maneiras. O livro é muito bom por causa de sua sensibilidade e força.
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